32 refugiados encontravam-se na Base de Ota e foram ontem transferidas para a Base de Santa Margarida.
De acordo com o Jornal Correio da Manhã, entre o grupo de 32 elementos, que testou positivo à Covid-19 no último teste realizado, 25 elementos recusaram-se a sair do autocarro onde tinha sido transportado. Apenas sete indivíduos saíram para os alojamentos no local.
O grupo tem sido vigiado ao longo do dia devido a desacatos e desentendimentos entre os elementos. Face à resistência inicial do grupo, houve a necessidade da intervenção de mediadores e de tradutores para resolver o impasse.
Em causa está a transferência para a base militar. Os refugiados recusam-se a ficar no local, uma vez que queriam ficar em isolamento nas pensões em Lisboa, apontando falta de condições na Base da Ota.
De acordo com o Jornal Público, houve mesmo alguns momentos de tensão, uma vez que os migrantes, retidos por iniciativa própria dentro da viatura, chegaram a urinar para dentro de sacos plásticos que depois atiraram pela janela, em direcção aos militares.
A operação foi coordenada pela secretaria de Estado para a Integração e as Migrações, sendo o papel das Forças Armadas apenas de hospedeiro dos migrantes, cedendo instalações e alimentação.
Recorde-se que os Bombeiros Voluntários de Alenquer tem sido chamados para mais operações do género, nomeadamente desde que em meados de Abril, 171 requerentes de asilo foram levados para a Ota depois de o hostel de Lisboa em que se encontravam alojados ter sido evacuado por detecção de casos positivos do novo coronavírus.
De acordo com fonte oficial do município de Alenquer, mencionada pela Agência Lusa esta quinta-feira, já não há ninguém na Ota neste momento, face à necessidade de a Força Aérea de voltar a receber alunos e preparar o próximo ano lectivo.