Presidente da Concelhia de Alenquer afirma que “a concelhia nunca teve hipótese de discutir com o vereador” os assuntos debatidos em reunião de câmara.
Depois do comunicado desta manhã, a anunciar que a Concelhia do PSD retirou a confiança política ao vereador Nuno Miguel Henriques, Pedro Afonso, Presidente da Comissão Política do PSD em Alenquer, esclareceu, em declarações exclusivas à Rádio Voz de Alenquer, que “já há muito tempo que as coisas não corriam bem”, entre vereação e concelhia.
O principal problema, defende Pedro Afonso, esteve no facto que a concelhia não ter acesso prévio aos assuntos que eram debatidos em reunião de câmara. “Nunca nos foi dado previamente os assuntos que iam ser discutidos em reunião de câmara. A concelhia nunca teve hipótese de discutir com o vereador esses assuntos, o que era de extrema importância”, revela Pedro Afonso à Rádio Voz de Alenquer.
O Presidente da Comissão Política do PSD em Alenquer lembra ainda outro episódio que deteriorou a relação com o vereador Nuno Miguel Henriques. “Se voltarmos atrás, ao próprio dia das eleições, o candidato que teve o segundo pior resultado da história do PSD em Alenquer, com cerca de 16% dos votos, em vez de pensar naquilo que aconteceu, foi para Lisboa festejar a vitória do engenheiro Carlos Moedas. Os militantes começaram por se ressentir e bem, e eu também me incluo nesses militantes”, admite.
Quanto à contratação de uma assessora para apoiar o trabalho do vereador do PSD, Pedro Afonso sublinha que foi “apanhado de surpresa”. “Se criticamos o Partido Socialista por fazer tantas avenças, que já vão num valor acima dos 155 mil euros, desde setembro, então muito mais temos de ser exigentes connosco próprio”.
O ex-vereador do município recorda ainda que “quando o PSD teve três vereadores, e existia também um vereador da CDU, tivemos o apoio de uma funcionária da Câmara Municipal, nunca exigimos o apoio de assessores exteriores”. “Isso é uma crítica tanto ao vereador do PSD que aceitou, como aos restantes elementos do Partido Socialista que o aprovaram”, acrescenta.
“Esta situação mais tarde ou mais cedo ia acabar por acontecer porque realmente articulação prévia nunca existiu”, reforça Pedro Afonso.