O vereador da Câmara Municipal de Alenquer eleito pelo PSD, Nuno Miguel Henriques reforçou, em declarações exclusivas à Voz de Alenquer, a sua disponibilidade para uma recandidatura nas eleições autárquicas de 2025 e recordou, também, que sempre falou de um projeto “a oito anos”.
Depois de, em 2021, Nuno Miguel Henriques ter sido um nome mais desconhecido a apresentar-se como candidato do PSD em Alenquer, a situação hoje é diferente, após três anos no exercício das funções de vereador na autarquia. Dessa experiência de 2021, Nuno Miguel Henriques recorda que “não fui imposto por ninguém, vim de livre vontade e por pedido da nacional e fui aprovado por unanimidade pela distrital e pela nacional. E sempre disse que o meu compromisso era para 8 anos”.

Destes cerca de três anos em funções, lamenta o facto de nunca ter tido a oportunidade de reunir com a Comissão Política Concelhia que foi eleita pouco tempo após as autárquicas de 2021. “Esta comissão política tem na sua composição dois membros por inerência, o líder da bancada da assembleia municipal do PSD e eu, o vereador eleito. Mas, apesar dos avisos, a comissão política nunca me convocou para nenhuma reunião”.

“Estou disponível, mas tem de haver apoio”

Sobre a possibilidade de ainda vir a ser candidato, uma vez que o nome de Pedro Afonso foi entretanto descartado por iniciativa do próprio, Nuno Miguel Henriques manifesta total disponibilidade, até para “uma sondagem ou um estudo de opinião, o que for preciso para defender os alenquerenses”.
No entanto, o atual vereador alerta para a necessidade de existirem entendimentos: “Tem de haver entendimentos, não pode haver aqui vários partidos e depois as pessoas a dividirem-se e a contradizerem-se, porque isso não é ser social-democrata. A Comissão Politica Concelhia nunca reuniu comigo, o que é um erro. Quando nós pedimos informações à concelhia sobre pontos importantes para o concelho, disseram que não se queriam pronunciar, mas temos de conversar todos para chegarmos a uma conclusão: vale a pena mudar e transformar Alenquer ou não?”, questiona Nuno Miguel Henriques.
Agora que conhece melhor o concelho de Alenquer, o vereador afirma até que, “se calhar, é Alenquer que precisa de mim, não é uma questão de eu querer ou não. Sinceramente, eu gostava de ser novamente candidato, aprendi a gostar do concelho, das terras e das pessoas. E as pessoas perceberam que eu tenho uma visão diferente”.

Agora sem concelhia em funções, o processo deverá atrasar-se um pouco. Ainda assim, Nuno Miguel Henriques confia num futuro entendimento. “Sinto-me capaz, mas para isso tenho de obedecer aos princípios da social-democracia e a união faz a força. Obviamente que teria de ter o apoio ou a colaboração da concelhia e do partido, mas eu acredito que seja possível”, conclui.