Nuno Miguel Henriques desvaloriza retirada de confiança política

Nuno Miguel Henriques desvaloriza retirada de confiança política

O vereador do PSD lamenta não ter tido oportunidade para realizar o contraditório.

A Concelhia Política do PSD anunciou esta manhã que decidiu retirar a confiança política ao vereador Nuno Miguel Henriques. O PSD de Alenquer justificou a decisão dizendo que, apesar de ser um procedimento legal, não concorda com “a avença a tempo parcial por dois anos, que foi aprovada em reunião de câmara, no valor de 18.138,72 euros para uma assessora apoiar o Sr. Vereador Nuno Miguel Henriques”, escreve a concelhia num comunicado partilhado nas redes sociais. 

Em declarações exclusivas à Rádio Voz de Alenquer, o vereador do PSD, Nuno Miguel Henriques, reage à decisão da concelhia, dizendo que “temos de desvalorizar e continuar o nosso trabalho em prol das pessoas”. 

O vereador lamenta, contudo, que não tenha tido a oportunidade de realizar o contraditório. “É uma posição local, não é uma posição que vincule ou que tenha qualquer importância, porque ninguém deixa de ser Social Democrata assim. Se havia esta intenção de fazer uma situação destas, no mínimo, que se convocasse uma reunião e para pelo menos ouvirem o que havia a dizer da parte do Partido Social Democrata no executivo municipal e isso não aconteceu”, confessa.

Em relação à questão da assessoria, o vereador Nuno Miguel Henriques esclarece que apenas quis o mesmo “tratamento” que a CDU que em reunião de câmara demonstrou interesse em ter alguém “para assessorar o seu trabalho no executivo e um gabinete”. “Obviamente que nós também dissemos, como líderes da oposição, que queríamos exatamente o mesmo tratamento. É normal haver uma pessoa para apoiar o executivo. Acontece em todo o lado e faz parte do Estatuto da Oposição”, reforça Nuno Miguel Henriques à Rádio Voz de Alenquer. 

O vereador explica ainda que colocou em cima da mesa a hipótese de o trabalho pertencer a um funcionário do município, mas perante a falta de recursos, Nuno Miguel Henriques optou por escolher “alguém que viesse ao encontro para ajudar a credibilizar e ajudar a fazer o nosso trabalho”. “Estamos a falar de alguém que tem um currículo indiscutível, que é uma mulher coronel, que trabalhou na Ota, licenciada em economia, com pós-graduações na área da saúde, áreas que são fundamentais nos dias de hoje”, revela. 

Salienta ainda que a concelhia não teve tempo para avaliar o seu trabalho feito enquanto vereador antes de tomar esta decisão. “Tivemos conversas em conjunto, posso dizer que pedi sugestões ao presidente da concelhia para levar a sessões de câmara, uma delas foi levada na penúltima reunião. E o trabalho faz-se com tempo. Como é que uma concelhia que toma posse à meia dúzia de meses pode avaliar a atividade de um vereador que está instalado no executivo agora e que está ainda a credibilizar o seu trabalho e a fazer cada mais?”, questiona Nuno Miguel Henriques. 

No entanto, a vereação mostrou-se disponível para voltar a trabalhar com a comissão política do PSD em Alenquer. “Quando a concelhia quiser falar com a vereação estamos ao inteiro dispor. Da nossa parte não se altera absolutamente nada”, acrescenta.

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