Todos os museus do concelho têm agora novas regras. As atividades para crianças e as visitas para grupos de mais de 50 pessoas são os maiores desafios que o Município enfrenta nesta fase, explicada ao jornal Nova Verdade pelo vice-presidente Rui Costa.
Por: Daniela Azevedo e João Honrado
Os museus de Alenquer reabriram na terça-feira, 19 de maio, um dia depois do Dia Internacional dos Museus, a cumprir com as novas regras sanitárias devido à pandemia Covid-19, segundo o vice-presidente da Câmara Municipal de Alenquer, Rui Costa.
Em Alenquer os museus reabriram a seguir ao Dia Internacional dos Museus porque às segundas-feiras estão fechados. “Normalmente celebramos muito este dia com programas específicos e isso este ano não aconteceu. Os museus têm vindo a ser renovados e acreditamos que vão retomar a sua atividade regular com regras diferentes, a que desde funcionários ao público todos vão ter que se habituar”, enquadrou ao jornal Nova Verdade.
Em Alenquer todos os museus têm entrada gratuita, não formam filas para as bilheteiras, o que já é uma boa ajuda no delinear de novas regras de acesso e visitas. Contudo, a partir de agora os visitantes têm que assegurar a limpeza das mãos e a etiqueta respiratória, enquanto os funcionários têm de garantir a higienização das superfícies, uma ventilação diferente dos espaços e a proteção individual de quem chega, caso não traga máscara própria.
Rui costa também nos explicou que os museus sofreram uma redução significativa na lotação que agora passa a ser de 5 pessoas por 100 metros quadrados. Visitas de grupos só podem acontecer se nunca forem superiores a 15 pessoas.
No caso do auditório do museu Damião de Góis, agora só dispõe de 6 lugares sentados para garantir a distância de 2 metros entre as pessoas. Já os folhetos de consulta, agora só estão disponíveis os que a pessoa pode levar com ela; não os de consulta no local.
Entretanto, o Museu João Mário, também de portas abertas nesta altura, sofreu uma desinfeção mais peculiar e detalhada de cada uma das 600 peças ali expostas. Ali mantêm-se as aulas de pintura, mas, igualmente, com restrições: apenas para 6 a 8 alunos.
“No segundo semestre de 2020 serão programadas as exposições temporárias e temos de repensar o modelo adaptado à nova realidade… teremos de ponderar a inscrição prévia a um grupo restrito de pessoas, mas que devolvam à vila o interesse cultural que tem tido nos últimos anos”, diz-nos Rui Costa.
Os horários de todos os museus do concelho mantêm-se: 10h00 / 18h00, de terça a sábado ou, no caso do Museu Damião de Góis, de terça a domingo.
O vice-presidente explicou ao Nova Verdade que não se antecipam más reações por parte do público porque “temos tido sempre grupos organizados e que cumprem com as normas gerais”.
As marcações por grupos de 50 a 100 pessoas são, neste momento, o maior problema que se coloca nesta fase de desconfinamento progressivo, porque se levantam questões “como recebê-las e como fazê-las perceber que vão ter que ver os objetos em grupos mais pequenos com apresentações mais sintéticas do que as que são habitualmente feitas a um visitante individual. Os colaboradores também vão ter de estar preparados para essa mudança”, acrescenta Rui Costa.
As atividades para o público infantil estão, da mesma forma, a ser repensadas, provavelmente numa maior aposta no aproveitamento dos espaços ao ar livre e para grupos mais pequenos porque quase todas assentavam na “descoberta e partilha de objetos”.
Desde 1977 que o ICOM organiza o Dia Internacional dos Museus, com o objetivo de promover o intercâmbio e enriquecimento cultural, o desenvolvimento da compreensão mútua, da promoção da cooperação e da paz entre os povos. Esta efeméride acontece anualmente a 18 de maio, ou em datas próximas, e traduz-se na organização de iniciativas e atividades comemorativas, unidas internacionalmente pelo tema comum definido previamente pelo ICOM.
Notícia originalmente publicada na edição 1058 do jornal Nova Verdade