Munícipes querem mais lombas de controlo de velocidade em Alenquer

Munícipes querem mais lombas de controlo de velocidade em Alenquer

Cidadãos com mobilidade reduzida e população mais fragilizada queixam-se da velocidade excessiva nalgumas artérias de Alenquer. A solução parece passar pela colocação de lombas, mas o processo pode não ser simples

A Associação Portuguesa de Deficientes contactou a Câmara Municipal de Alenquer no sentido de expor uma situação que classifica como “urgente” e que se prende com a solicitação feita por um munícipe para colocação de lombas de controlo de velocidade na Rua da Saudade, em Alenquer. A Associação defende, no mesmo documento ao qual o jornal Nova Verdade teve acesso, a “extrema necessidade de lombas”, no sentido de fazer diminuir a velocidade no local.


A rua em questão apresenta uma acentuada descida (vulgarmente conhecida por “ladeira dos ciganos”), o que faz com que vários munícipes se sintam inseguros ao fazer a circulação pedonal na Rua da Saudade. Uma situação que ganha contornos particularmente preocupantes quando se trata de cidadãos com problemas de mobilidade e população mais fragilizada e com incapacidades motoras de vária ordem.

Este assunto foi levado à mais recente sessão da Assembleia Municipal de Alenquer, realizada a 26 de fevereiro, pelo deputado Luís Barros Mendes, do CDS-PP, que reforçou a necessidade de haver um maior controlo de velocidade no concelho através da colocação de lombas, justificando que “há várias artérias onde se pratica sistematicamente excesso de velocidade, o que cria grandes problemas a cidadãos portadores de deficiência física ou doentes crónicos”.


Como a sinalética não é suficiente para controlar a velocidade, muitos munícipes requerem a colocação de lombas, mas os pedidos chegam, segundo o deputado municipal, a demorar três anos, “sem que as lombas sejam colocadas”.

Em resposta a estas situações, o presidente da Câmara Municipal de Alenquer, Pedro Folgado, diz que o tempo de demora na resposta também depende da localização das lombas solicitadas, embora perceba a urgência das pessoas em encontrarem uma solução para se reduzir a velocidade das viaturas: “Se for uma estrada nacional, a Infraestruturas de Portugal normalmente não autoriza a colocação de lombas. Se for uma estrada municipal, a sua localização tem de ser avaliada, porque há procedimentos a ter em conta, como não poder estar ao pé de uma curva, por exemplo”.

Os pedidos que chegam aos serviços da Câmara Municipal têm de ser avaliados. “Admito que não somos tão céleres como as pessoas gostariam, mas temos de ter algum cuidado nessa colocação de lombas, porque caso contrário o concelho fica cheio delas. Mas entendo que as pessoas, como não vêm alternativa ao pouco civismo dos condutores, peçam a colocação de lombas”, esclareceu Pedro Folgado.


Neste momento a Câmara Municipal está a fazer um procedimento comum para a colocação das lombas (uma espécie de fornecimento contínuo de lombas) que, depois de pedidas, foram avaliadas e tiveram autorização para tal. “Quanto ao procedimento a adotar é esse: mandar o pedido para a Câmara para, depois, ser avaliado”, concluiu o autarca.

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