A empresa continua sem apresentar um cronograma de abandono do local. A Câmara já proibiu a circulação de pesados na Barrada, mas ainda não há uma data de saída da empresa à vista. “Queremos que eles saiam o mais rápido possível a bem, mas se for necessário vamos para tribunal” diz Pedro Folgado.
A Green Ibérica, empresa responsável pelos polémicos contentores do Carregado, deveria ter apresentado um plano cronológico para saída do local, até 15 de setembro, data do regresso às aulas (uma vez que uma das principais razões de queixa dos moradores tem a ver com a sua proximidade à Escola Básica 2,3 do Carregado), mas esta data não foi cumprida até ao fecho deste jornal.
Segundo a autarquia alenquerense, que já passou duas contraordenações à empresa, a Green Ibérica tem justificado os atrasos no abandono do local com o facto de estar à procura de um novo espaço. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira já foi abordada pela empresa, pelo que o município de Alenquer espera que seja célere nessa transição para outro local.
“A autarquia continua a aguardar a entrega do plano. Sabemos que eles estão no terreno à procura de uma alternativa para a retirada dos contentores. Esperemos que sejam breves. Nós acabámos por pensar em alterar a posição do trânsito e não permitir a circulação de pesados na Urbanização da Barrada. Enviaram um e-mail preocupados com essa limitação de trânsito”, revelou o presidente da Câmara Municipal de Alenquer, em entrevista ao jornal Nova Verdade.
A Green Ibérica já tinha concordado com a Câmara Municipal de Alenquer que ia sair das instalações da antiga PERI, uma vez que está situada, sem autorização, em zona de Reserva Agrícola e Reserva Ecológica Nacional. A PERI terá informado, erradamente, à Green Ibéria que não haveria qualquer problema com a ocupação daquele local. “É verdade que independentemente de a empresa estar ali ou não, já era nosso objetivo regular o trânsito de pesados naquela zona. Também foi por isso que tirámos dali o parque de pesados e isso irá condicionar o funcionamento da empresa”, enquadra Pedro Folgado.
O parque de contentores está a ocupar ilegalmente o terreno e a desenvolver uma atividade não legalizada, que também não está enquadrada com a RAN e o PDM. Foi também reportado o caso à Direção Regional de Agricultura e Pescas.
O presidente Pedro Folgado, acredita que o cronograma ainda vai chegar: “Estamos na expectativa de receber o cronograma. A empresa tem mesmo de tirar dali os contentores. Não tenho nada contra eles ou contra a sua atividade, mas ali não é o sítio indicado para a aquela atividade. Queremos que eles saiam o mais rápido possível a bem, mas se for necessário vamos para tribunal”.