Encontro do TODOS reúne mais de uma centena de pessoas

Encontro do TODOS reúne mais de uma centena de pessoas

O primeiro encontro do movimento cívico aconteceu no Carregado. Francisco Guerra explicou à Voz de Alenquer que está no horizonte “um projeto autárquico”.

A sala do Rancho Folclórico do Carregado foi pequena para o I Encontro do TODOS – Movimento Cívico do Concelho de Alenquer. O evento aconteceu na tarde deste domingo, dia 17 de novembro. 

Mais de uma centena de pessoas reuniu-se para perceber melhor que movimento é este e quais as suas proposta. Entre elas muitas pessoas de Alenquer, incluindo o pintor João Mário, antigo Presidente do Município de Alenquer, antes do 25 de abril de 1974.

Pedro Moreira, um dos impulsionadores do movimento, começou por afirmar que este “não é um movimento de direita, é um movimento de pessoas” e que vai ter “uma dimensão do Montejunto ao Tejo” assumindo que é “um movimento multicultural e multirracial” onde “todos têm espaço”. 

Filipe Rogeiro, um dos membros fundadores do movimento, falou sobre o manifesto que diz ser “uma declaração de princípio dos fundadores do movimento” e que “está focado no futuro”. Caracterizou o movimento como um “movimento político mas apartidário”. 

De seguida, foi lido o manifesto que defende um adequado e eficaz ordenamento do território, proteger o património cultural, um turismo sustentável, um plano de mobilidade, estratégias de atração económica e empresarial e tem ainda em atenção os temas demográficos. 

Marcou presença também o antigo vereador do PSD, Frederico Rogeiro que falou sobre o investimento público que diz ser “uma das funções do poder local”. “Todas as pessoas que conhecem o Carregado sabem que tem crescido imenso em termos de população e de desenvolvimento económico. É a freguesia mais populosa do concelho mas existe uma diferença entre o número de pessoas e o investimento público. O tempo passa, a população cresce e os equipamentos públicos não aparecem”, apontou o antigo vereador. Frederico Rogeiro garantiu ainda que é “apoiante convicto deste movimento”. 

“O Carregado é o elefante no meio da sala”

No discurso de encerramento, Francisco Guerra, presidente do movimento afirmou que não acredita em “soluções velhas e gastas para problemas antigos” e que o objetivo é “fazer algo pelo concelho” agregando “todos os que se queiram juntar”. 

Sobre o Carregado, a escolha para o primeiro encontro do movimento, diz ser “o elefante no meio da sala”. “Não foi por acaso que escolhemos o Carregado para este encontro. O Carregado é um exemplo de ausências, cresceu depressa e continua a atrair gente, mas os problemas permanecem. Se nada for feito para inverter nesta situação os problemas vão aumentar”. “Muito há a debater sobre o Carregado e sobre o concelho”. 

Francisco Guerra disse ainda, sobre os próximos passos, que é “preciso ouvir as associações, as empresas e as pessoas”. O discurso terminou com palavras dirigidas aos presentes “para termos sucesso temos de ser todos, não apenas um grupo menor ou maior, só faremos a diferença se formos todos juntos”. 

“Projeto autárquico” no horizonte 

Em declarações à Voz de Alenquer, Francisco Guerra, explicou que que objetivo do movimento é “despertar consciências”. “Perceber a identificação dos problemas que são diferentes, porque o Conselho da Alenquer é de facto muito diferente, tem realidades muito diferentes que constituem problemas e desafios muito diferentes. Começar por fazer esse elenco. Entretanto começar a falar com associações, com coletividades, com pessoas no sentido da procura de soluções”. O líder do movimento continuou “nós temos alguma visão, quer sobre os problemas, quer sobre as soluções, mas não temos a coragem de o fazer sem o discutir primeiro com as pessoas. Primeiro porque podemos estar errados e acreditamos sinceramente no contributo das pessoas, das associações, das coletividades, de todas as forças vivas e organizações da sociedade. E é isso que pretendemos fazer”.

Francisco Guerra acrescentou que só depois desta primeira fase, que começou este domingo no Carregado, será feita “uma avaliação” assumindo depois “as responsabilidades no sentido de perceber se conseguimos agregar suficientemente o número de pessoas em torno da identificação dos problemas, da identificação das soluções para que possamos apresentar um projeto autárquico alternativo. Sim, o nosso objetivo é esse, se essa for a vontade das pessoas”.

Sala do Rancho Folclórico do Carregado no I Encontro do TODOS

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