Como Alenquer reagiu ao Coronavírus antes da declaração do estado de emergência

Como Alenquer reagiu ao Coronavírus antes da declaração do estado de emergência

PSD defendeu reencaminhamento de verbas para empresas em dificuldades. Pedro Folgado admitiu poder haver essa ajuda, mas só mais tarde.

Por: Daniela Azevedo e João Honrado

Os vereadores do PSD transmitiram a 16 de março, na reunião da Câmara Municipal, um voto de total confiança e solidariedade aos governantes e aos funcionários do município de Alenquer, disponibilizando toda a sua colaboração. “Este não é um momento fácil para quem tem de tomar e executar decisões difíceis e urgentes para a contenção do contágio, pelo que devemos dar toda a força a quem tem essa incumbência. Este voto estende-se a todas as entidades públicas e privadas que no concelho se defrontam com o mesmo desafio, e em especial aos cidadãos, que também o enfrentam na sua esfera de responsabilidade individual e familiar”, afirmam.

A Coligação recebeu o plano que vem sendo implementado pelo município e instou o executivo a não ter nenhuma hesitação em fechar tudo e mandar toda a gente para casa, num momento em que o país esperava a declaração do estado de emergência.
Por outro lado, a Coligação propôs que a Câmara fizesse uma imediata alteração ao orçamento, transferindo as verbas de todas as atividades canceladas, provavelmente até ao verão, bem como verbas de rubricas que vão ter quebras de atividade, para um fundo dedicado a mitigar os prejuízos da pandemia, dirigido aos cidadãos e pequenas empresas que venham a ser mais afetados.

“O orçamento não se vai cumprir, vai haver verbas que vão ficar disponíveis e, portanto, o que proponho é fazer uma alteração ao orçamento de uma forma que até dispensa ir à Assembleia Municipal”, declarou o vereador eleito pelo PSD, Frederico Rogeiro, em declarações ao jornal Nova Verdade. “O objetivo era esse fundo ser canalizado para outros meios devido ao impacto económico eu isto vai ter. Pessoas e pequenas empresas vão ter dificuldades e temos que estar atentos a isso”, rematou, enquanto também defendeu a suspensão dos parquímetros e da taxa de ocupação de esplanadas nesta fase.
Algumas sugestões concretas foram o reforço do apoio alimentar, o alargamento do tarifário especial do serviço de águas, a isenção de taxas e o apoio pontual às rendas no pequeno comércio, ficando o fundo disponível para todas as medidas que venham a mostrar-se necessárias.

O presidente da autarquia, Pedro Folgado, diz não sentir necessidade de criação desse fundo, mas mostra-se disponível para “apoiar o pequeno comerciante, vai ser necessário, mas ainda é prematuro dizer como se apoia e quando. Ainda não está na altura de fazer essa reflexão, mas estamos disponíveis para isso”.
Depois da pandemia passar, poderá então ser criado um fundo para apoiar, principalmente, os comerciantes do concelho.

Notícia originalmente publicada na edição 1054 do jornal Nova Verdade

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