Protocolo entre a Santa Casa da Misericórdia de Alenquer e a Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo foi assinado em março, mas médicos já prestam serviço em Alenquer e Carregado deste outubro do ano passado.
A Santa Casa da Misericórdia de Alenquer assinou, no dia 6 de março de 2024, o protocolo de Acordo de Cooperação, com o nome “Bata Branca”, com a Unidade Local de Saúde do Estuário do Tejo. Na prática, o protocolo está em funcionamento desde dia 2 de outubro. O projeto “Bata Branca” pretende colmatar a falta de médicos de família, neste caso nos Centros de Saúde de Alenquer e do Carregado. A Santa Casa da Misericórdia de Alenquer contrata os médicos que prestam serviços de Medicina Geral e Familiar para adultos e população idosa que não tenha médico de família. O programa é financiado diretamente pelo Ministério da Saúde, através de um protocolo com a Misericórdia de Alenquer, sem retorno financeiro para a instituição.
Desde outubro do ano passado, este protocolo já permitiu a realização de cerca de 12 mil e 500 consultas, um número avançado ao jornal Nova Verdade pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alenquer, Luís Rema. Neste momento, a instituição tem contrato com oito médicos, que estão a prestar serviço á população de Alenquer e Carregado, mas o responsável adiantou que poderá estar para breve a “contratação de dois novos clínicos”. “É um projeto muito facilitador em termos da necessidade dos utentes. Os médicos têm um contrato por estação de serviços com a Misericórdia Alenquer e nós temos um contrato com o Ministério da Saúde”, disse Luís Rema.
O responsável pela instituição admite que a possibilidade de fazer parte deste projeto já tinha sido levantada pela União das Misericórdias de Portugal, uma vez que existem outras instituições que têm este protocolo, mas revela que, neste caso, a hipótese foi sugerida pelo vereador Paulo Franco, do município de Alenquer. Luís Rema admite mesmo que o vereador, que tutela a área da saúde no concelho, tem tido um papel “exaustivo e dedicado na procura e sensibilização para que este projeto funcione da melhor maneira”.
Sobre a participação da Misericórdia de Alenquer neste projeto, para colmatar a falta de médicos de família, o provedor referiu que “o papel das misericórdias é ajudar as pessoas”, mas reconhece que a solução poderia passar pela Câmara Municipal de Alenquer, caso a lei permitisse.