558 alunos regressam à escola nesta segunda-feira – 23 turmas ao todo. Todos os funcionários do agrupamento também estão de regresso.
Por: Daniela Azevedo e João Honrado
As aulas presenciais dos alunos dos 11.º e 12.º anos, bem como do 2.º ano do ensino profissional, são retomadas a 18 de maio. Esta foi a data aprovada pelo Governo na estratégia que está a delinear para a retoma gradual, progressiva e monitorizada da economia e da sociedade, agora que foi decretado o estado de calamidade – nível inferior de gravidade ao estado de emergência.
Fernando Almeida, Diretor do Agrupamento de Escolas Damião de Góis, em Alenquer, diz que os horários já estão acertados e foram enviados aos alunos durante a corrente semana, tendo sido sugerido pela tutela que as aulas decorressem entre as 10h00 e as 17h00.
Alguns alunos do 11.º ano provavelmente só irão dois dias por semana à escola. As aulas presenciais são para as disciplinas com exames que contam para a média de entrada na universidade e no politécnico.
“São mais de 500 alunos que entram na escola. Temos de ter em atenção que não pode haver ajuntamentos e têm que ser alertados para não se manterem próximos uns dos outros”, alerta o professor.
Sobre se a escola está pronta a abrir portas já neste dia 18, Fernando Almeida é claro ao jornal Nova Verdade: “Está preparada. Está tudo muito limpo. As funcionárias tiveram formação dada pelo exército. E temos sempre a Escola Básica Pereiro de Alenquer logo ali ao lado se for necessário espalhar ainda mais os alunos. A única desvantagem é o refeitório que é pequeno. Se todos forem almoçar pode haver alguns constrangimentos”.
O agrupamento tem a única escola secundária do concelho.
Esta segunda-feira é o momento decisivo do processo de abertura gradual de serviços na fase de calamidade, pois é aquele em que aumentarão de forma significativa as interações sociais.
Assim como o momento do fecho das escolas foi essencial para conter a contaminação, a abertura de escolas vai ser o momento em que aumentará a possibilidade de contaminação, daí que se possa afirmar que todo o cuidado é pouco.
“A partir de segunda-feira, na parte pedagógica, as aulas são apenas numa sala por ser mais fácil de desinfetar. Os intervalos vão ser apenas para a troca de professores, para que quando os alunos saírem vão logo para casa e passem menos tempo na escola”, esclareceu o professor.
A Câmara Municipal de Alenquer fez uma desinfeção ao exterior da escola na passada quinta-feira, dia 14: “A escola está perfeitamente limpa. Os alunos não devem ter medo. Só entram na escola com máscara, mas têm que ser muito responsáveis”.
Já nos outros anos o ensino à distância está a correr bem. Os grupos disciplinares deram um bom feedback e os pais também. “A Câmara Municipal de Alenquer deu uma grande ajuda com os alunos infoexcluídos, levando-lhes os trabalhos de casa. Os professores também se adaptaram bem a este tempo de ensino”, afirma o Diretor do Agrupamento de Escolas Damião de Góis, em Alenquer, em jeito de balanço ao jornal Nova Verdade.
Quanto aos alunos que estão impedidos pelos pais de irem às aulas, nesses casos a escola não tem a obrigação de dar apoio à distância. No caso de o aluno estar em situação de risco, com atestado médico, aí sim, tem que ter apoio e aulas de ensino à distância e serão dadas ao mesmo tempo que os outros alunos.
Os professores de risco podem dar aulas à distância, mas têm de ter o apoio local de um professor coadjuvante.
Nesta segunda-feira, dia 18, o bar vai estar fechado; biblioteca e sala de informática têm acesso condicionado. O refeitório tem que estar aberto.
Notícia originalmente publicada na edição 1057 do jornal Nova Verdade