Perante os resultados alcançados no Campeonato Nacional de Laser Run que decorreu no concelho de Alenquer em junho, e que valeu três títulos de Campeão Nacional à Sociedade Recreativa do Camarnal (SRC), a coletividade do concelho de Alenquer apresenta-se com expectativas no Campeonato do Mundo que hoje começa. “Queremos, principalmente, que os atletas disfrutem, que sejam competitivos, mas que, acima de tudo, tragam sorrisos para casa no final, porque é uma página única na vida de qualquer atleta.”, afirmou Pedro Pereira, presidente da SCR, em declarações à Rádio Voz de Alenquer.

O Presidente reconhece o peso da prova para os atletas pela “grande responsabilidade representar Portugal no Mundial. Os atletas e o clube sentem a honra, é prazeroso, mas é também uma responsabilidade”. No que toca a resultados, explica que “são importantes, sim, e gostamos sempre de poder dar o nosso melhor em tudo e vencer, mas o mais importante é dignificar a camisola e elevar o nome do país, do concelho de Alenquer e da Sociedade Recreativa do Camarnal”.

O Laser Run, modalidade olímpica desde 2012, integrante do Pentatlo Moderno, “tem sido aposta forte desde 2017, quer por parte da Federação Portuguesa de Pentatlo Moderno (FPPM), quer por parte do município de Alenquer”, lembra o presidente da coletividade do Camarnal. Para Pedro Pereira, é positivo a existência de uma modalidade diferente, que foge à esfera comum de desportos, “como o futebol, o hóquei ou o basquetebol”, não obstante, essa diferenciação acarrete algumas inconveniências. “É complicado cativar jovens para este tipo de desporto, não é uma situação fácil, tendo em conta aquilo que vai apresentando a esfera mais normal de desportos, que são mais universais e talvez mais atrativos que o Laser Run”.

Para uma maior adesão à modalidade que alia a corrida, a condição física e a destreza no tiro ao alvo, Pedro Pereira, destaca o papel dos pais, “que perante a falta de vontade dos filhos de participarem nos desportos tradicionais, podem dar-lhes, através do Laser Run, alguma alternativa”, ressalvando que a modalidade “é um caminho diferente, mas um caminho que se for trabalhado, apesar de não ser profissional, pode dar frutos e vai ser importante na vida destes jovens”.

Dentro da coletividade, o dirigente enaltece “a uma simbiose muito grande entre miúdos, coordenadores e pais”, salientando a facilidade com que se criam laços e “a entreajuda entre todos”. Pedro Pereira não deixa de sublinhar o papel dos coordenadores da modalidade na coletividade do Camarnal, Cristina e Manuel, que, “não querendo puxar a brasa à minha sardinha, considero os melhores técnicos de pentatlo moderno e estamos muito contentes com eles. São competitivos, exigentes, mas acabam por dar a parte educativa e de responsabilização”, conclui.