“360º de Diversidade Humana: Capacitismo, Estigma e Preconceito” é o tema do segundo congresso da Associação Rising Child. A iniciativa acontece a 22 e 23 de novembro, no edifício Fórum Romeira, em Alenquer.
Com um trabalho dedicado a crianças e jovens com deficiência, a Associação Rising Child, sediada em Alenquer, está a organizar o segundo congresso dedicado à temática, após a conferência pioneira da associação, em 2022. Este ano, os conceitos de capacitismo, preconceito e estigma vão estar em cima da mesa, para ser discutido o peso que têm no quotidiano das pessoas com deficiência e da sociedade como um todo.
Ao jornal Nova Verdade, Andreia Costa, presidente da Rising Child, explicou o propósito do congresso: “[o capacitismo] é um tema que, apesar de se debater e estudar muito, continua sem solução. O preconceito e o estigma associados à deficiência são algo que ainda existe entre nós, em cada um de nós”. A presidente da associação sublinhou a atualidade e a relevância do tema, defendendo que o mesmo precisa de ser ouvido e falado, para que as gerações futuras sofram menos com os efeitos do preconceito, “tanto a nível da deficiência como de qualquer outro assunto”.
Para além do conteúdo, também a forma aparenta ser uma preocupação na preparação do II Congresso da Associação Rising Child, na medida em que os testemunhos na primeira pessoa vão ter um maior peso na programação. “A pessoa tem uma noção completamente diferente da sua situação, dos desafios que enfrenta e da realidade com que se depara todos os dias. E neste congresso quisemos pôr essas pessoas a falar. Acho que a grande mudança [do primeiro congresso para o segundo] tem a ver com isso”, avançou Andreia Costa, reforçando ainda a presença de instituições ligadas à deficiência a nível local e nacional.
O congresso estará dividido em dois dias, 22 e 23 de novembro, estando o segundo dia reservado para o evento programado e o primeiro dia para workshops temáticos. Segundo Andreia Costa, “a parte da manhã [de dia 22] são workshops para os agrupamentos das escolas. Todos os agrupamentos de Alenquer, Merceana, Carregado e Abrigada vão estar presentes. Neste congresso, quisemos envolver mais as pessoas, a nossa comunidade, tanto de escola como de Alenquer, e não só as instituições”. No período da tarde, os workshops serão “abertos à comunidade, para que cada pessoa possa participar e debater os temas”. A presidente da Rising Child terminou, realçando a necessidade de debater estes temas, uma vez que “falar da deficiência e das questões que envolvem a deficiência é sempre muito importante e é algo em que todas as pessoas devem participar, para sermos melhores seres humanos e para olharmos para a sociedade de uma forma melhor”.
As inscrições para os workshops e para o congresso estão abertas e disponíveis através do formulário partilhado nas redes sociais da Associação Rising Child.
Oiça aqui a entrevista sobre o congresso a Andreia Costa, Presidente da Associação e David Lito, vogal da direção